
As redes sociais, para muitos, suga o tempo que poderiam dedicar
a questões realmente importantes, para mim auxilia a manter contato com esse
universo das corujas (não é a toa que é o símbolo do magistério) que pernoitam
trabalhando com entusiasmo, apesar do cansaço e do outro dia. Somos um povo
único, capaz de esquecer um pouco, mesmo que por algumas horas, que existe vida em outros recantos além de
nossa mente que planeja, visualiza, se expande, se concreta e viaja na busca
por mais educação, mais estímulos, mais utopia. E que digam que somos um bando
de loucas desvairadas, acreditando no inimaginável, sonhando com o impossível,
com a inconcebível realização, continuamos acordadas.
Nós, profissionais, sim, claro, como não, trabalhamos não só
com a mente, com os braços e os livros, usamos o coração embriagado pelo prazer
de abrir muitas janelas àqueles a nós confiados, sejam crianças, jovens ou
adultos. Todos eles, em maior ou menor grau, veem em nós, mesmo que a mídia ou
a sociedade grite que não, alguém a quem, no mínimo, observar, medianamente
admirar e no máximo seguir.
Por isso, somos especiais, porque enquanto nos perguntam o
que deu na cabeça para sermos professores, acendemos nossas velas à noite, nos
laptops e pcs, escondidinhas muitas vezes para o resto da casa dormir e
continuamos sorrindo para dentro de nós mesmas, sabendo de um segredo só nosso,
um segredo que nos garante sorrisos e cumplicidades: que educar transforma e
que essa transformação pode, sim, salvar o mundo, mesmo que um pequeno mundo,
mundo de um indivíduo só.
E na calada da noite, seguimos sorrindo com a certeza de que somos um bando, todas acreditando.
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