
Comecei esse ano de 2013 sem
nenhuma resolução, mas nem por isso sem vontades de dar o pontapé inicial para
a efetivação de uma série de desejos contidos. Um deles foi o de emagrecer.
Não, eu não perdi 20 quilos e nem pretendo, mas queria muito voltar a usar as
mesma roupas de antes. Continuo curvilínea (essa é boa, até eu ri), mas joguei
longe 10 quilos que não me pertenciam. Adotei uma dieta muito mais natural
(adeus aos refrigerantes), sem deixar de curtir as bobagens que amo, nem sair
para comer uma pizza. Apenas, criei juízo e assumi que não sou mais criança. Se
quero chegar aos 40 com saúde, preciso agora me acostumar a uma vida saudável e
com alguns "não pode".
Continuo no curso de francês,
mesmo sendo a coisa mais dificíl até agora a que me propus. Linguinha mais
sacana essa. Mon Dieu! Terminei de decorar o quarto que será de minha filha
adotiva (continuamos à espera) e tenho estado às voltas com organizações da
casa, após seis anos de construção. Agora, sim, começou a diversão.
Iniciei mais uma pós-graduação, essa em linguística aplicada. Está fluindo bem, até porque adoro os assuntos
abordados e leio os materiais com afinco. Porém, a grande revolução deste ano foi
minha redução de carga horária no trabalho. Sei que pode parecer controverso,
pois ainda há pouco mencionei minha dedicação quase que exclusiva.
Mas não há nada de errado no que tenho dito, pois exatamente por reduzir o
tempo de sala de aula, posso me dedicar no preparo, na busca por materiais,
atividades e projetos diferentes e com mais qualidade. Assumi duas oficinas,
uma de redação e outra de aprendizagem, por um curto tempo, entretanto me
acrescentaram muito na experiência com o ensino dirigido. E, também, inaugurei
o sarau literário com alunos de ensino médio, evento que será apresentado aos
pais e demais convidados na sexta (28), à noite, e que está me deixando de
cabelos brancos.
Ah, falando em cabelos, deixei o
medo de lado e pintei-os de vermelho intenso. Pois é, a maior parte de nossos
desejos deixam de ser realizados não por falta de gênio na lâmpada, mas de
coragem e ousadia. Nada se compara ao olhar-se no espelho e sentir a satisfação
de ter feito algo há tempos acalentado, por mais superfluo que possa parecer.
Enfim, mudanças, boa, dignas,
necessárias. Sem elas, não poderíamos nos construir, não haveria processo,
apenas um ser finito em suas vontades e expectativas para o futuro. Abrir a
mente e o coração para inovações, mesmo que labutadas com dor, faz de nós seres
humanos melhores, mais pacientes, mais tolerantes com a vida e com os outros.
Outro dia, ouvi um elogio de uma de minhas coordenadoras. Disse-me ela que eu
estava muito bem esse ano, que estava renovada. Pois, é exatamente como me
sinto: não outra pessoa, não por ter emagrecido ou estar ruiva, muito menos por
estar dormindo mais durante a semana, mas por estar realizando sonhos,
pequenos, para muita gente insignificantes, mas que têm estado em meu coração
por tempo demais. Não quero ver o sol se pôr sem que eu tenha a oportunidade de
pedir perdão por meus erros, e muito menos sem ter feito algo que estava a meu
alcance somente por falta de coragem.
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