segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Aniversário

Hoje, passei o dia estando de aniversário. E é a primeira vez que paro para escrever sobre isso. Quem me conhece sabe que idade para mim constitui-se num certo problema. Não é pela simples vaidade, nem somente pelas rugas (pequenas, graças a Deus e à genética), nem mesmo pelo ter passado dos trinta (uf! revelei), mas pela certeza óbvia de que a cada dia que passa, é um a menos em minha existência.
Eu sei, essa conversa parece mórbida, lembra morte, blá blá blá. Mas não é assim que encaro o assunto. Ter menos tempo para viver significa que tenho menos tempo para perder errando, menos tempo para perder magoando as pessoas, principalmente àquelas que amo e que me amam, independente de seu modo de me amar, menos tempo para perder com gente que não pode contribuir com nada que me faça crescer, menos tempo para perder escutando fofocas, desejando o mal dos outros, lendo ou ouvindo lixo.
A cada dia, minha alma necessita de bênçãos, dessas que vem da graça de Deus. Bênçãos como as que recebi hoje: pessoas amadas e importantes me rodearam, me abraçaram, me felicitaram, pessoas que preenchem minha vida dando sentido especial à palavra família; um sol deslumbrante iluminou cada minuto desse dia geralmente frio de inverno sulista; acordei com pássaros cantando em minha janela, com aroma de café vindo da cozinha e com a certeza mágica de que é maravilhoso estar viva.
Não sei quantos dias ainda viverei, essa é uma incógnita para todos os mortais, mas posso determinar “como” viverei o tempo que ainda tenho. E é com profunda alegria e confiança que vislumbro um futuro cheio de pessoas especiais, cheio de desafios enobrecedores, cheio de realizações importantes, mesmo que simples.
Nesse meu dia, aos trinta e um anos, sou enormemente grata a Deus por sua bondade, por me entregar, a cada instante, preciosas gotas de felicidade, por encher meu mundo de calma e segurança.
Ao receber os parabéns de todos os que vieram a minha casa, não apaguei as velinhas, mas fiz meu pedido: queria ser capaz de conceber a todos a felicidade que eu tenho, nem mais nem menos, pois a tenho na medida exata, lo tengo todo, nada a medias.

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