segunda-feira, 20 de julho de 2009

Essa Educação...

Há um mês, mais ou menos, recebi essa imagem por e-mail de uma amiga e colega professora. O que nela está bem explícito é a mais pura verdade. Hoje em dia, a culpa pelo fracasso do aluno recai sempre sobre o professor.
Acabamos rindo da imagem. É o que nos resta: rir. O que mais podemos fazer é em sala de aula mesmo, no dia a dia, no dizer e praticar, no mostrar e no querer mudar, mesmo que essa mudança seja sutil e mínima. Creio que o que machuca na educação e tem levado tantos a desistir dela é a utopia, é o crer que seja possível mudar o mundo. Não é. Mas é possível mudar um pouquinho o jeito de dar aula. Dá, sim, pra sorrrir mais pra gurizada, dá pra cantar, pra encantar. É só não se deixar levar pelo pessimismo que brota dos olhos e das bocas de alguns que há muito deixaram de ser atores do fazer para se tornarem depósitos de amargura.
Não falo dos que analisam a educação, dos que argumentam criticamente, mas dos que desistiram sem nem terem tentado. Falo dos que perderam o brilho e não fizeram nenhum esforço para re-encontrá-lo.
Não, a educação não é a porta de escape para um mundo melhor, nem ao menos de longe é a certeza de realizações e sucessos. Mas é o melhor caminho para se começar a mudança, e talvez seja a única maneira concreta de se sentir alguém nesse mundo.

Um comentário:

Carina Tondo disse...

É a mais pura verdade.
E a mais amarga verdade também.
A proteção que os pais dão à criança acusando o professor como culpado das notas baixas do aluno, tira toda a autoridade deles de reclamar da educação que seus filhos recebem, que às vezes é de baixa qualidade justamente para não ocasionar esse tipo de reclamação, os conteúdos são aplicados sem aprofundamento e as provas se tornam ridiculas. Querendo ou não, a educação começa de casa, e se os pais agirem desse modo, os filhos serão mais tarde como os próprios pais, simplesmente ignorantes.
Abençoado seja o professor que ainda dá a cara à tapa e reluta contra essa evolução da imbecilidade, apoiada pelos próprios pais.