terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Ko Phi Phi - o paraíso dos turistas do mundo inteiro

Ko Phi Phi de manhã
Bom, falemos de Ko Phi Phi. Ilha de uma beleza estonteante, águas cristalinas que refletem o azul esmeralda nas montanhas rochosas que parecem emergir do mar, vida marinha intensa, gente alegre, um vai e vem de turistas do mundo todo que fazem do destino tailandês uma verdadeira Babel de línguas e dialetos os mais variados.
Muitas atividades para se fazer: desde passeios de barco, mergulho, snorkel, trekking, visitas às ilhas inabitadas das redondezas até, simplesmente, se jogar na areia sob a sombra de árvores frondosas para um relax. Fora a noite que transforma Phi Phi no lugar do vale tudo (pular corda de fogo na praia, beber misturas de álcool, energético e refrigerante nos famosos bukets - baldinhos - tentar a vitória no muai tai, dançar ao ritmo de kuduro, Gustavo Lima - sim!!! - e músicas norte-americanas, caminhar e se divertir nas feirinhas de souvenires e moda praia e de mergulho).

Maya Bay
Tudo lindo, maravilhoso, até se perceber que Ko Phi Phi, assim como outras ilhas da Tailândia como Maya Bay, são espaços para o turismo internacional de certa forma degradante. Desde a culinária não tão local, pois atende ao paladar da turistama como cafés da manhã e demais refeições adaptados (com omeletes, bacon e pães franceses) aos passeios de exploração de áreas de proteção ambiental, mas que, por terem sido cenário de filme famoso, acabam por receber a visita de um contingente cada vez maior de pessoas em uma orla de mais ou menos seis metros. Para descer na areia de Maya Bay tem que pagar, e o povo paga. O que há nessa praia em especial para atrair tantos aficionados por ela? Nada diferente das outras ilhas, apenas que recebeu os pezinhos de Leonardo Di Caprio no filme A Praia. E tem gente que nunca viu o filme e vai lá por essa fama.

Na Monkey Island, bichos
que bebem nas garrafas
Outra ilha pra lá de estranha como ponto turístico é a dos macacos. Monkey Island tem uma praia minúscula que só serve para receber barcos pequenos, mas apinhados de turistas. Os guias trazem bananas e outras frutas pra turistama dar pros bichos que, acostumados com esse banquete diário, não mais vão para a floresta ter uma vida apropriada à espécie. Além de comida, o povo se diverte vendo os bichos beberem água e sucos nas garrafas plásticas. São macacos pequenos, irritados, que saem mordendo quem não der o que querem. Bichos estressados pela presença constante de vários turistas inebriados com a ideia de passar cerca de quinze minutos entre macacos.

Águas verdes profundas
De resto, águas verdes profundas, uma calma inigualável ao se velejar entre as ilhas, e um pôr-do-sol de tirar o fôlego.

Ficamos quatro dias em Ko Phi Phi, e dois deles foram reservados somente ao levantar cedo, ir para a beira mar ficar sem fazer nada, lendo, cochilando, estirados nas toalhas sob a sombra, ouvindo o rumor das leves ondas transparentes, enquanto nos sentíamos os únicos donos daquele pedaço do paraíso, até o pessoal chegar e atolar a orla.

Egoísmo nosso? Sinceramente, ninguém quer partilhar o paraíso, é o tipo de lugar que só vale a pena se for, pelo menos por alguns instantes, só nosso. Das 8h às 12h se consegue essa façanha em Ko Phi Phi.
Pôr-do-sol surreal

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